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A Minha Jornada Espiritual: Aqui uma Porta se Abriu.

Foto do escritor: Anna Maria de BritoAnna Maria de Brito

Atualizado: 4 de out. de 2024



A Porta que se Abriu e Nunca Mais se Fechou


Hoje, ao reler um registro datado de 26/02/2003, fui transportada de volta aos primeiros passos de minha jornada espiritual. O que começou como uma busca por respostas e sentido se transformou em uma trilha de autodescoberta que já atravessa mais de duas décadas. Foi nesse exato momento que percebi: são mais de 21 anos de caminhada, de evolução contínua, de tropeços e recomeços.

Mulher com clareza e certeza de estar caminhando
Anna de Brito Terapeuta

Ao olhar para trás, vejo claramente como cada pequena decisão guiou minha alma para um crescimento profundo, moldando-me como sou hoje.


Esse antigo texto do meu diário, que compartilho aqui, é um testemunho vivo do início de uma trajetória movida pela decisão consciente de não mais aceitar o sofrimento como um carma inevitável. Eu decidi, com convicção, que evoluiria pela graça e pela transformação interior. Ao invés de me submeter às imposições de um destino predeterminado, escolhi ser a arquiteta do meu próprio ser, confiando na orientação espiritual que tanto ansiava.


Meu Diário: O Engatinhar de uma Alma - Uma parte importante da minha Jornada Espiritual.


“Hoje, dia 26/02/2003, dou início a uma nova fase da minha vida.


Sinto que muitos dos meus sonhos se realizam, mas ainda há um vazio. Pedi a graça de receber uma orientação espiritual que me guie rumo à evolução. Recuso-me a acreditar que o sofrimento é uma condição que devo aceitar passivamente. Não, o sofrimento não é um fardo inescapável. Podemos crescer por meio do autoconhecimento, da transformação interna e do amor, sem precisar passar por dor e resignação.


Ao refletir sobre tudo o que li e estudei até aqui, percebo que atingi um ponto crucial: o momento em que preciso de um direcionamento mais profundo. Hoje, fiz esse pedido ao universo e espero pela resposta. Sei que ela virá quando eu estiver pronta para recebê-la. Enquanto isso, vou me policiar para não permitir que minha energia caia, para estar receptiva e preparada para o que vier.


Mas o dia terminou e não consegui cumprir as promessas que fiz a Deus e a mim mesma. É difícil seguir adiante quando o mundo parece não colaborar. O trânsito caótico, as ofensas e o ambiente carregado nos testam a todo instante. Amar incondicionalmente parece uma meta distante quando se convive com uma humanidade tão desumanizada. Mas o otimismo é a fé em movimento, e eu sei que preciso transformar a mim mesma para ver Deus em cada ser, acreditar no meu potencial divino, mudar o que me fere e me libertar das amarras de energias acumuladas nesta e em outras vidas.”


Carta ao Universo


“Querido Sai Baba,


Eu sou um espírito inquieto, buscando algo muito além do que a vida comum oferece. Sinto que estou engatinhando nesse caminho de evolução. Talvez ainda não possua sentimentos suficientemente puros, mas existe uma chama em meu coração que arde por crescimento. Sei que o Senhor já conhece quem sou e como sou.


Não me sinto perdida quanto aos meus objetivos, mas sim quanto aos passos a dar. Sinto-me vulnerável diante da incerteza dos próximos movimentos. Muitas vezes tenho convicção do que é certo, mas percebo o quão difícil é me manter firme nesse propósito. Nossa mente é o reflexo da nossa alma, e eu só peço o direito de aprender. Quero aprender mais, saber mais. Só não sei a quem perguntar. Há momentos em que sinto que participo de aulas em outros planos, mas não lembro claramente; são apenas sensações que se desvanecem ao despertar.


Ajude-me a compreender. Gratidão.


Ana Maria”


Ao longo do caminho, o Reiki se apresentou como um instrumento de cura e equilíbrio, e eu aceitei com todo meu ser. Foi como abrir uma porta para um universo de possibilidades que nunca mais se fechou. Cada nova experiência foi um convite para mergulhar mais fundo em mim mesma, para abrir ainda mais portas internas, desbravando territórios desconhecidos e revelando a força latente que eu desconhecia possuir.


E assim, sigo essa trilha com o coração grato por nunca ter permitido que aquela porta, aberta há tantos anos, se fechasse novamente. Cada passo é uma oportunidade de aprender, crescer e inspirar outros a também trilharem o próprio caminho de transformação. Afinal, não se trata apenas de uma jornada espiritual, mas de um compromisso com a evolução constante, onde cada pequena mudança reverbera como um eco de luz no universo.


Ao revisitar essa trajetória, percebo que cada etapa foi marcada por uma escolha consciente de não apenas viver, mas despertar. Esse caminho de 21 anos não foi uma simples sequência de acontecimentos, mas sim uma dança delicada entre desafios e descobertas, onde cada passo trouxe a mim mesma um pouco mais perto do meu ser mais autêntico. A porta que se abriu naquele dia de fevereiro nunca mais se fechou porque foi a porta que conecta meu eu interior ao universo vasto e infinito das possibilidades espirituais.


Hoje, entendo que a verdadeira transformação não ocorre em grandes saltos ou em momentos de êxtase espiritual, mas nas pequenas decisões cotidianas de escolher o amor diante do caos, de persistir mesmo quando a dúvida sussurra desistência, e de acolher a vulnerabilidade como um ato de coragem. Cada tropeço, cada dúvida e cada resistência enfrentada se tornaram os tijolos que sustentam esse templo interior, construído com fé, humildade e a busca incessante pela sabedoria.


Olhando para trás, vejo que o propósito maior não era apenas alcançar um objetivo específico, mas viver de forma plena, com o coração aberto, acolhendo a minha humanidade enquanto permito que a minha espiritualidade floresça. Não é sobre ser perfeito, mas sobre ser verdadeiro; não é sobre ter todas as respostas, mas sobre cultivar a capacidade de fazer perguntas mais profundas.


Assim, concluo que o maior aprendizado dessa jornada é que a porta que se abre para o autoconhecimento nunca mais se fecha, porque uma vez que enxergamos a luz que existe em nosso interior, nunca mais conseguimos viver sem buscá-la. Seguimos em frente, porque a verdadeira evolução não está em escapar do sofrimento, mas em transcendê-lo e em compreender que a graça está em cada oportunidade de transformação.


E que venham mais 21 anos ou mais 21 vidas! Enquanto houver sede de crescimento e um coração disposto a amar, essa porta permanecerá aberta, iluminando não só o caminho à minha frente, mas também inspirando outros a abrir as suas próprias portas para o infinito que existe dentro de cada um de nós.


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